Fornecedores de VPN visados na repressão à pirataria: VPNs contra-atacam
Combate à Piratia alastra
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Os detentores de direitos franceses intensificaram os seus esforços para bloquear o acesso a sítios piratas, desta vez visando os principais fornecedores de VPN.
A medida faz parte de uma estratégia em expansão para travar a violação dos direitos de autor, mas as empresas de VPN estão a reagir, considerando-a uma ameaça direta à liberdade na Internet.
Durante anos, os tribunais de todo o mundo ordenaram aos fornecedores de serviços de Internet (ISP) que restringissem o acesso a plataformas ilegais de streaming e torrenting.
Mais recentemente, os resolvedores de DNS, como a Cloudflare e a Google, foram obrigados a cumprir restrições semelhantes.
Agora, a França está a dar um passo em frente, visando os principais serviços VPN que permitem aos utilizadores contornar estas medidas de bloqueio.
Titulares de direitos exigem conformidade com VPN
A mais recente ação judicial, liderada pelos organismos de radiodifusão desportiva Canal+ e pela Ligue de Football Professionnel (LFP), procura impor medidas de bloqueio de sítios a alguns dos fornecedores de VPN mais utilizados.
Estes incluem CyberGhost, ExpressVPN, NordVPN, ProtonVPN e Surfshark.
Site Blocking Requests (Image Source: TorrentFreak)
Os titulares de direitos argumentam que, sem a participação das VPN, os seus actuais esforços de bloqueio ficarão comprometidos. Consideram que este é o próximo passo lógico na luta contra a pirataria em linha, tratando os fornecedores de VPN como intermediários que facilitam o acesso a conteúdos ilegais.
Uma audiência em tribunal no próximo mês determinará se estes serviços VPN serão obrigados a cumprir a lei. No entanto, os primeiros sinais sugerem que o sector das VPN não tem intenção de recuar.
As VPNs ripostam: Uma ameaça à privacidade online?
Pouco depois de o pedido de injunção se ter tornado público, a VPN Trust Initiative (VTI) - uma coligação que representa vários dos principais fornecedores de VPN - condenou a medida.
VPN Trust Initiative
Embora reconheça a necessidade de combater as actividades ilegais, a VTI argumenta que o bloqueio de sítios vai longe demais.
O grupo alerta para o facto de estas medidas poderem bloquear conteúdos legítimos e infringir os direitos dos indivíduos à privacidade e à liberdade de expressão.
Uma vez que as VPN não alojam qualquer conteúdo, a aplicação destas restrições seria um exagero, afirmam.
A ProtonVPN, sediada na Suíça, foi ainda mais longe, descrevendo a proposta como um “perigoso ataque à liberdade na Internet no altar da ganância empresarial”.
A empresa argumenta que, se as autoridades querem realmente combater a pirataria, deveriam visar diretamente os serviços de IPTV, em vez de perseguir os fornecedores de VPN.
Uma luta que pode ir até ao mais alto tribunal da Europa
As empresas de VPN estão preparadas para travar esta batalha até ao Tribunal de Justiça Europeu, se necessário. A ProtonVPN já declarou a sua vontade de intentar uma ação judicial ao mais alto nível, argumentando que o caso cria um precedente perigoso para a liberdade online.
Mesmo que um tribunal francês decida a favor dos titulares de direitos, esta batalha legal está longe de estar terminada. O resultado poderá moldar o futuro da privacidade digital e da aplicação da lei anti-pirataria na Europa e não só.
Para já, todos os olhos estão postos na próxima audiência em tribunal. Uma coisa é certa - este caso terá implicações importantes tanto para a aplicação dos direitos de autor como para a liberdade na Internet nos próximos anos.
Para mais informações sobre esta história, consulte o relatório do TorrentFreak.
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - DeepL.com



